O melhor que vi na TV em 2019

Renan Baldi
16 min readDec 15, 2019

--

2019 foi um ano incrível para a televisão. E com televisão quero dizer não apenas os canais, mas também os serviços de streaming que já estão jogando todas suas cartas na luta por atenção e destaque. Nesse texto vou comentar o apenas o que eu assisti, porque não é possível um mortal comum que não trabalha com isso acompanhar todos os lançamentos importantes do ano.

Desventuras em Série (3ª temporada)

Logo em janeiro, estreava a terceira e última temporada de Desventuras em Série. Eu assisti essa temporada inteira em um final de semana, e boa parte dos episódios de ressaca. É uma ótima série pra ver de ressaca.

Mas para além disso, a série tem um final digno. Desde o começo, não é uma obra de arte inesquecível, mas a série tem seus méritos. O primeiro deles é o roteiro, que traz o absurdo e o non-sense e consegue aliar humor e certo drama de maneira competente. O segundo é o conceito visual da série, que consegue trazer o ridículo e os efeitos toscos como estilo, não como sinal de falta de qualidade. O terceiro são as atuações, que entregam um tom que faz sentido na construção da série, ora humorístico e caricato, ora dramático e capaz de surpreender o público. Os últimos episódios correm um pouco para finalizar a série, mas não chega a estragar o final. 3 temporadas são suficientes para dar um fim na série.

Love Death & Robots

Em março estreava a antologia de animações da Netflix. E que delícia de assistir. Cada episódios é diferente em seu enredo, técnica de animação e até duração. O que une todos eles é a temática de ficção científica e a presença quase unânime de robôs. E quando eu falo diferentes técnicas de animação, algumas são tão “realistas” que me fez duvidar se eu estava vendo uma animação ou imagens simples de atores. Não que as técnicas menos realistas sejam piores de alguma forma, mas é realmente impressionante o que foi feito aqui.

Alguns episódios dessa série são bem bobinhos e divertidos, outros sérios e pesados. O meu favorito de longe é o Zima Blue. A série conta com 18 episódios, mas quase todos com duração curta. Além disso, os episódios podem ser assistidos em qualquer ordem, de acordo com o que chamar mais atenção.

Para terminar, não posso deixar de citar as críticas que a série recebeu, principalmente, mas não apenas, o episódios “A testemunha” por uma representação sexista dos personagens, ao representar figuras masculinas relacionadas a características como força física e inteligência, e as mulheres numa representação sexualizada, e a utilização do sexo e estupro como elemento narrativo para desenvolvimento dessas mulheres. Isso é facilmente relacionado com a ausência (acho que total) de diretoras mulheres nos episódios.

Dito isso, acho que é importante levar em conta as críticas, mas não acho que a série deva ser “cancelada”, e sim melhorada nesses aspectos caso tenha uma segunda temporada. E eu torço para que tenha.

Nosso planeta

Eu sou um fã de documentários de natureza na teoria, mas na prática nunca tinha parado para assistir uma série fechada nesse formato. Até ver a série que estreou em abril no Netflix. O formato é o clássico imagens de natureza com a narração “Esse é o urso polar. Ele e seu filhote estão saindo em busca de alimento”. A diferença que faz a série dar um passo além, além das imagens de tirar o fôlego e a narrativa muito bem construída, é o fato dos episódios serem divididos por bioma, e a cada episódio mostrar como a ação humana afeta aquele bioma e os animais que dependem daquele ambiente para sobreviver. Quando é mostrada uma manada de antílopes, por exemplo a narração é precisa “Existiam nessa região milhares desses animais, mas com as mudanças climáticas, o número foi reduzido a pouco mais de 30”. (Esse exemplo não é exatamente de um episódio, mas mais ou menos como ocorre).

É uma baita produção, e ajuda a entender a importância da preservação de cada bioma. Além disso, é lindo ver os bichinhos e tal.

Game of Thrones (8ª Temporada)

Ah, a oitava temporada de Game of Thrones. Que experiência! Best Season Eva (?) SQN!

Depois de oito temporadas, acho que não preciso introduzir do que se trata a série, então vou logo ao ponto. Desde que a série passou os livros, no final da quinta temporada, criou-se uma atmosfera de tensão sobre os rumos da série. Seguiria o mesmo caminho dos livros, seguiria um caminho diferente?

Bom, o que aconteceu foi uma lenta e dolorosa queda livre. A série continuou com uma qualidade de produção invejável, que mostra que a HBO não tinha medo de gastar dinheiro. Dinheiro, aliás, que veio de muitos fãs que assinaram a HBO GO para assistir a série (e infelizmente só conseguiam ver o episódio no dia seguinte, né dona HBO).

Com temporadas cada vez mais curtas, e o momento de decidir os rumos da história cada vez mais próximo, a série perdeu algumas das características que a tornavam tão boa. A primeira coisa que a série perdeu foi consistência: primeiro, as ações dos personagens passaram a soar estranhas, depois, questões como geografia e tempo para as coisas ocorrerem passaram a importar cada vez menos. Finalmente, o ritmo da série ficou prejudicado. Coisas que demoravam uma temporada inteira para se desenvolver foram espremidas em um ou dois episódios.

O episódio da longa noite é um típico exemplo da sensação de ver a série nessa temporada. Enquanto assistia, ficava impressionado com a construção, a coreografia de cena, os elementos de emoção, e principalmente a euforia do evento de assistir o episódio acompanhado (ao menos pelo twitter). Por outro lado, assim que o episódio terminou e pensei um pouco sobre ele, a euforia vai indo embora dando lugar a uma decepção.

Essa decepção toda com o final indica uma coisa sobre a importância de Game of Thrones. A expectativa que criamos com a série é proporcional à qualidade que as temporadas anteriores entregaram. Sem dúvidas, GoT já está marcada como uma das séries mais importantes da década de 2010. Esse ano, tive o prazer de ver os episódios ao vivo acompanhando pelo Twitter e alguns episódios com amigos em casa. Ter amigos em casa em um domingo à noite vendo série já faz valer o rolê todo. E ainda tenho expectativas altas com o desfecho dos livros.

Chernobyl

No começo de maio estreava a minissérie Chernobyl. Como espectador, é uma série assustadora, principalmente sabendo se tratar de um acidente real. É muito bem construído como os personagens vão tomando conhecimento da real dimensão do problema, coisa que o público já sabe desde antes de dar o play. Parte do desespero é ver as pessoas se expondo à radiação sem ter noção do que estão fazendo. Por outro lado, vemos também os esforços dos cientistas em avisar dos problemas, e as autoridades se negando a escutar.

Chernobyl é bem mais próxima de uma propaganda anticomunista que Stranger Things, que vou citar daqui a pouco, por escancarar a negligência da União Soviética ao tratar do problema, e as tentativas de acobertar o que estava acontecendo. Ainda assim, acredito que essa dimensão da minissérie é parte da construção do cenário, mas também evidencia que é uma série americana.

Falando em construção, li que quem entende do assunto falando que a construção da época com figurinos, objetos de cena e outras coisas está impecável, outro mérito da minissérie. Eu sei que falar isso é ser chato demais, mas com todo esse cuidado de reconstrução, o áudio original poderia não ser em inglês, mas eu sei que o público americano não consumiria nada falado em outra língua, então entendo a escolha por questão de mercado.

Years and Years

No meio do mês, estreava pela HBO a minissérie Years and Years. A série acompanha uma família britânica por 15 anos, começando por 2019, mostrando em uma realidade especulativa as mudanças políticas, sociais, culturais e tecnológicas de um futuro. A obra é absolutamente distópia, no estilo Black Mirror, mas um pouco mais cotidiana.

Dá pra sentir também a inspiração da série em relação ao Brexit e à crise de refugiados na Europa. Emma Thompson brilha em seu papel de política bufona que ganha força na escalada do poder atacando as minorias.

A série pula alguns tubarões para conseguir trazer todas as discussões para encaixar na realidade da família, mas nada que atrapalhe ou tire o espectador da série. Outra coisa que me incomodou em alguns momentos eram os longos discursos que alguns personagens davam em alguns momentos específicos. Pareceu que a série queria deixar claro demais alguns posicionamentos, e preferiu fazer isso dizendo em vez de mostrando. Mas com o tempo, me acostumei com esse estilo e passou a me incomodar menos.

É, de fato uma das melhores coisas que vi esse ano.

Fleabag (2ª temporada)

Em maio estreava também Fleabag, a queridinha do ano. A série é de 2016, mas não tinha ouvido falar nela até ela levar 4 estatuetas do Emmy em uma noite, sendo duas para a maravilhosa Phoebe Waller-Bridge. Depois disso, era impossível não assistir. Isso somado ao tanto de gente recomendando a série. Aliás, só de ter a Olívia Colman no elenco já era motivo suficiente para assistir.

E não era para menos. Para começar, sendo Fleabag antes de tudo uma série de comédia, cumpre seu papel com méritos. A série é hilária, não apenas nas piadas rápidas, mas também nas situações criadas e vividas pelas personagens. Mas aí, meus amigos. A série mostra que não é só uma comédia. É uma dramédia (eu odeio esse termo). E transita entre as duas coisas com uma velocidade assustadora. E não tem como usar outro termo, porque não é uma comédia com elementos de drama, nem um drama com elementos de comédia. É as duas coisas ao mesmo tempo.

Fleabag é sobre a angústia do mundo contemporâneo, sobre as expectativas que as pessoas criam sobre como devem agir e como agem, sobre relacionamentos, sobre desejo, sobre família e até um pouco sobre espiritualidade. E esses assuntos são tratados de maneira nada óbvia.

Ah, devo dizer que se a primeira temporada já tem todas essas características, na segunda tudo que tem de bom na primeira fica ainda melhor, quando eu achava que não dava pra ficar melhor. Além disso, o elemento da protagonista (que não tem nome) quebrando a quarta parede é usado de maneira GENIAL. Ela traz o público para um lugar de cumplicidade que primeiro traz humor, e depois desconforto com os resultados das suas ações.

Eu escrevi mais um texto explorando alguns elementos da série AQUI.

Good Omens

No final de maio, estreava Good Omens, pela Amazon Prime. Assim como Deuses Americanos (que eu ainda não vi), a série é inspirada em um livro de Neil Gaiman (e Terry Pratchett, sejamos justos).

Sabendo onde a obra foi inspirada, é fácil deduzir duas características fortes da série: 1) É britânica até o último fio de cabelo e 2) Contém um humor ácido e referências religiosas. A série segue um anjo e um demônio pelas fases da humanidade, que acabam se tornando amigos, por estarem sempre nos mesmos lugares parecidos fazendo o seu trabalho. O tempo todo a série brinca com a ideia do livre arbítrio e da natureza dos demônios. Aqui, eles são criação de Deus, e tem uma função a cumprir, e não fazem isso por maldade ou algo do tipo.

Os eventos seguem do início da humanidade até o apocalipse, com o nascimento do anticristo. É divertida, mas não chega a ser a melhor coisa que vi nesse ano.

Big Little Lies (2ª Temporada)

No começo de junho, logo que acabou Game of Thrones, estreou a segunda temporada de Big Little Lies. Depois do sucesso, e principalmente da qualidade da primeira temporada, e com o anúncio da entrada de Maryl Steep para o elenco que já não era nem um pouco modesto, as expectativas para a segunda temporada da série não podiam ser mais altas.

O que a série entregou, porém, decepcionou os fãs. É evidente que o roteiro tem muito mais furos que a temporada anterior, e muitos episódios nos fazem questionar se a série sabe onde quer chegar. Dá pra ver claramente que essa temporada foi escrita com muito mais pressa que a anterior, como uma tentativa de forçar para extrair mais de onde saiu o ouro da primeira temporada.

Por outro lado, e o que justifica eu colocar essa série na minha lista é o elenco. Não só Maryl Streep brilhou no papel de Mary Louise, e em todas as cenas que contracenou com Nicole Kidman, mostrando como sempre o monstro da atuação que é, como Laura Dern roubou a cena e entregou uma das falas mais icônicas da televisão em 2019: “I will not not be rich”.

Por outro lado, a personagem da Zoe Kravitz foi apagada de uma maneira que deu pena durante essa temporada. E todos sabemos que a culpa não é da atriz. A profundidade das cenas caiu bastante, de um drama com aprofundamento para cenas de barraco cotidianas. Ainda assim, foi uma delícia assistir, mas se for para entregar outra temporada assim, a série não precisa ser renovada.

Pose (2ª temporada)

A primeira temporada de Pose acabou de uma jeito que parecia que a série não tinha muito para onde andar. Eu estava mais que enganado.

Enquanto a primeira temporada trata de temas delicados tentando trazer uma leveza para a difícil vida que as personagens levam, a segunda temporada já na cena de abertura mostra que veio diferente. As situações aqui são mais pesadas, a morte é uma personagem constante nos episódios. Aliás, na segunda temporada, apesar da continuidade, os episódios são mais fechados em si mesmos, explorando algumas situações distintas e levantando diferentes discussões.

A série é completamente aterrorizante, e é o que ela quer ser. Ela traz um desconforto para discutir a taxa de mortalidade da população trans, assim como o tema da AIDS nos anos 80, e levantar e discussão do apagamento dos grupos minoritários pertencentes à cena underground em que os personagens estão inseridos. A série, que já não tinha medo de experimentar na primeira temporada, toma a liberdade de experimentar ainda mais a cada episódio, dando outra dimensão para a série. Ao mesmo tempo que é difícil de assistir, é leve e engraçada. Algumas aparadas no elenco fizeram bem para a série. Billy Porter está incrível como sempre.

Are you the one (8ª temporada — Come one, come all)

Ainda em junho, mais pro final do mês, estreou a oitava temporada do reality show Are you the one, da MTV. Depois de 7 temporadas do original, e mais 4 temporadas no Brasil, o formato estava bem consolidado: Cerca de 15 solteiros confinados em um lugar paradisíaco procurando quem dentre os outros participantes é seu par ideal baseado nas entrevistas feitas pela produção antes de selecionar os participantes. Tá, os critérios são bem duvidosos, mas eu realmente não ligo.

A grande diferença nessa temporada é que todos os participantes eram todos bissexuais/pansexuais. Enquanto nas temporadas anteriores as possibilidades de casais eram limitadas em homens procurando mulheres e vice-versa, e as brigas eram provavelmente para ver quem conquistava quem, aqui as possibilidades de casal são bem maiores, o que deixa o jogo mais difícil e o drama ainda maior. Essa série é o melhor que o entretenimento lixo pode oferecer.

Mas mais que isso, o reality traz dentro disso uma série de discussões importantes sobre aceitação, autoconhecimento, relações tóxicas e estereótipos que diluídos no meio da edição divertida e dos jogos. Nada disso fica realmente pesado no programa, afinal está todo mundo curtindo o momento de suas vidas seminus em uma ilha paradisíaca. Foi sem dúvidas uma das coisas mais divertidas que assisti esse ano.

Stranger Things (3ª Temporada)

Já em julho, a temporada de Stranger Things veio mostrar o que acontece quando a gente joga fora o que não funcionou nas temporadas anteriores e continua com o que funcionou. E como séries como essa permitem fazer esse tipo de coisa sem grandes problemas. Exemplo disso é ignorar completamente alguns eventos da temporada anterior, o que eu como público só agradeço.

Essa temporada traz os anos 80 com força total. É ainda mais neon, pesa a mão ainda mais nos figurinos, traz a disputa Rússia x EUA com força total no plot, a ponto de ser chamada de anti-comunista (haha).

A série utiliza a estratégia que funcionou muito bem na temporada anterior, que é separar os personagens em grupos. Assim, mesmo nos momentos ruins de um grupo, ao menos em um dos outros o plot estava divertido. A série parece se levar menos a sério que a temporada anterior, o que também é positivo.

Os novos personagens, como a Robin, interpretada pela Maya Hawke (ninguém menos que a filha da Uma Thurman e Ethan Hawke) funcionam muito bem. Parece que a série conseguiu integrar melhor a Max e desenvolver sua relação com Eleven, e arrumar um papel pro Steve. Por outro lado, quando o grupo volta a se reunir, a série fica com tanto personagem que acaba ficando um pouco bagunçada, e muitos personagens aparecem só pra gente lembrar que eles estão em tela.

Dito isso, foi uma baita temporada, e muito divertida. A cena que eles cantam Never ending story é o tipo de cena que eu sei que foi feita só pra viralizar, e ainda assim me pegou direitinho. Minha única consideração sobre a série é que depois dessa temporada, a série está se esgotando, e se eles quiserem renovar (claro que eles vão), espero que seja para colocar um fim na série.

Segunda chamada

Em outubro, estreava Segunda chamada, na globo. Sim, uma série brasileira!

A série conta a rotina do período noturno de uma escola pública do Rio, onde as turmas são de EJA (Educação de Jovens e Adultos). A série trata do potencial transformador da educação. Eu achei que a série funcionaria como o filme Extraordinário, onde uma mudança positiva vai transformando o ambiente e tudo ficaria bem, mas é longe disso.

O enredo é bem mais realista, e mostra como a educação não é um caminho linear para a “civilização”, mas um longo processo, cheio de altos e baixos. Os professores não são tratados como heróis salvadores, mas como humanos cheios de defeitos. Por vezes, eles estão mais próximos do problema que da solução. Em algumas situações criadas pela série, quebrar as regras parece a coisa mais humana a fazer.

As situações criadas pela série são muito interessantes, e ajudam a pensar uma série de questões. Um problema da série é parecido com o que falei sobre Years and Years, onde o roteiro acaba martelando as coisas para caber todas as situações nos poucos personagens da escola, mas nada que atrapalhe muito.

O elenco está fenomenal. Quem via Thalita Carauta em Zorra Total, não sabia o potencial dramático que a atriz tem. Para mim, ela está entre os destaques da série, ao lado de Débora Bloch. Baita elenco. Aliás, a série tem no elenco também Linn da Quebrada, que está perfeita no papel.

His Dark Materials (1ª Temporada)

Já em novembro, estreou na HBO a primeira temporada de His Dark Materials, série inspirada no livro As fronteiras do universo, que eu por acaso nunca li.

Eu tinha assistido A bússula de ouro quando o filme foi lançado, mas percebi vendo a série que não me lembrava de absolutamente nada do filme. Ainda bem, por sinal. Ver a série sem expectativa nenhuma me fez ter algumas surpresas durante os episódios. A série é um primor visual, e mostra que a HBO não poupa dinheiro com efeitos visuais para agradar o público. As atuações estão muito boas, também. Destaque para Ruth Wilson como a Srta Coulter e para Dafne Keen, a Wolverininha de Logan como Lyra Belacqua.

Eu não sei dar uma sinopse muito clara da série, já que sobre o que é a série vai sendo revelado a cada episódio, e ainda falta 1 para eu ver antes do fim da temporada, mas se passa em um mundo onde a alma das pessoas fica fora do corpo e assume a forma de um animal, e algumas crianças estão desaparecendo, e tem uma instituição muito poderosa agindo em torno de uma coisa misteriosa chamada o pó. Acho que é isso, mas juro que não é tão confuso.

É um universo fascinante, que muitos já eram fãs, e estou tendo o prazer de conhecer agora, em uma adaptação primorosa. Dá pra ver que tudo está sendo feito com calma e cuidado, pelo menos nessa primeira temporada. Ah, e quer mais um motivo para ver? Ursos falantes de armadura! Só isso já é motivo o suficiente para assistir uma série dessas.

Outras séries

Esse ano também vi as últimas temporadas de The good place Bojack Horseman. Elas também estão entre as melhores coisas que vi esse ano, mas vou esperar a segunda parte das duas, e consequentemente o final, para ver se comento alguma coisa. Também vi Evangelion, que chegou esse ano ao Netflix, mas não é exatamente uma estreia. E não me arrisco a falar de Evangelion por enquanto, porque é muito complexo.

Não assisti, por isso não comentei

Algumas séries bastante faladas desse ano, não assisti. Algumas estão na minha lista, e outras vou deliberadamente pular. São elas: Euphoria, Olhos que condenam, Watchmen, Handmaid’s tale (3ª temporada), The boys, The mandalorian (e o baby Yoda), True Detective (3ª temporada), Rick and morty (3ª temporada) e The Marvelous Mrs Maisel (3ª temporada — recomendo mesmo sem ver)

--

--

Renan Baldi
Renan Baldi

Written by Renan Baldi

Estudante de midialogia, apaixonado por histórias que me fazem sentir algo.

No responses yet